Páginas

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Superbad - É Hoje - Crítica

Nota: 7

Título: Superbad - É Hoje (Superbad)
Gênero: Comédia
Nacionalidade: EUA
Ano de produção: 2007
Estreia no Brasil: 17 de agosto de 2007
Duração: 114 minutos
Classificação indicativa: 16 anos
Direção: Greg Mottola
Roteiro: Seth Rogen, Evan Goldberg
Elenco: Jonah Hill, Michael Cera, Christopher Mintz-Plasse, Seth Rogen, Bill Hader, Emma Stone, Martha MacIsaac, Stacy Edwards


     A equipe Judd Apatow, Seth Rogen, Jonah Hill, Michael Cera e companhia é responsável por algumas das principais comédias dos últimos anos, sempre investindo em diálogos rápidos, situações inusitadas e um pouco de drama. Em 2007, o grupo já estava ficando cada vez mais famoso devido a produções como O Virgem de 40 Anos e Ligeiramente Grávidos. Nesse ano, foi lançado um dos filmes mais marcantes para a turma: Superbad - É Hoje, uma das comédias responsáveis pela onda de bromances e nerds nos cinemas atualmente.

     Os melhores amigos Seth (Jonah Hill) e Evan (Michael Cera) estão prestes a se formar e irão se separar devido a ida para faculdades diferentes. Em uma das últimas de suas experiências juntos, eles decidem assumir a responsabilidade de conseguir bebidas para uma festa organizada pelas garotas Jules (Emma Stone) e Bertha (Martha MacIsaac) com a intenção de impressioná-las. Para isso, contam com a ajuda de Fogell (Christopher Mintz-Plasse) e sua carteira de identidade falsa. Quando parece que vão conseguir, os três passam por diversos imprevistos e situações inusitadas, incluindo o encontro com os policiais Michaels (Seth Rogen) e Slater (Bill Hader).

     Originalmente, o roteiro foi escrito por Seth Rogen e Evan Goldberg quando ambos tinham treze anos, sendo um de seus primeiros projetos, até por isso os protagonistas tem o nome deles. A história pensada por Rogen combina perfeitamente com o estilo de Judd Apatow, produtor do filme, mostrando o porquê de seus projetos juntos funcionarem tão bem. Com os diálogos inteligentes e as referências a cultura pop presentes, o diferencial de Superbad esta no tema, presente na vida de adolescente, porém não muito comentado: a busca pela primeira noite de sexo.

    Não é machismo afirmar que o filme tem muito mais chances de agradar a homens do que mulheres, devido a visão do sexo e de tudo que o envolve através de garotos adolescentes (ainda mais considerando que o personagem Rogen é quase um tarado). Mas é claro que, mesmo tendo piadas com orgãos genitais entre seus aspectos, a produção pode divertir muito o público feminino também.

     O mérito de Superbad esta em conseguir ser vulgar sem ser gratuito. A imensa quantidade de palavrões, drogas e mulheres vistas como objetos sexuais fazem parte do espírito da história, sendo essenciais para convencer o espectador a aceitar as situações completamente insanas que vão acontecendo. Obviamente, não é um filme para ser levado a sério, tendo várias limitações e clichês, mas isso não impede que as sequências divirtam.

     O que garante que toda a loucura da história funcione é o excelente entrosamento do elenco, do qual vários atores já haviam trabalhado juntos. Jonah Hill é o grande destaque do filme, protagonizando as melhores cenas do longa e convencendo com um personagem que é mais complexo do que aparenta. Michael Cera e Christopher Mintz-Plasse vão muito bem em seus papeis, tendo o filme introduzido ambos ao grupo que sempre trabalha junto de Apatow e Rogen.

     Superbad - É Hoje não é uma comédia que fica marcada na história do cinema, mas tem sua importância dentro do cenário de renovação do gênero. Considerando seu tema e suas características, fica ainda mais difícil ser impactante em um contexto geral, mas a produção consegue oferecer diversão e qualidade dentro de sua proposta. Os diálogos junto com bons atores garantem entretenimento para quem busca um filme sem se importar com a veracidade e a moralidade de sua história.

Por: Vitor Pontes

Nenhum comentário:

Postar um comentário