Nota: 6
Ano de produção: 2014
Estreia no Brasil: 04 de setembro de 2014
Duração: 98 minutos
Classificação indicativa: 14 anos
Direção: Brett Ratner
Roteiro: Evan Spiliotopoulos, Ryan Condal
Elenco: Dwayne Johnson, Rufus Sewell, Aksel Hennie, Ingrid Bolso Berdal, Reece Ritchie, Ian McShane, Joseph Fiennes, John Hurt, Irina Shayk, Peter Mullan
Várias versões da história de Hércules já foram para os cinemas, com destaque para a animação da Disney, lançada em 1997, considerada por muitos a melhor adaptação sobre o guerreiro grego. No começo de 2014, foi lançado o péssimo Hércules, com Kellan Lutz, fracasso de público, crítica e marcado em todas listas de piores filmes do ano. Mas, o mesmo 2014 ainda estava reservando algo possivelmente bom para o héroi: a esperada versão com o astro Dwayne Johnson. Por mais que se esforçe, o longa não cumpre as expectativas para a produção, embora não seja exetamente ruim e nem chegue perto do péssimo filme de Kellan Lutz.
Embora tenha seus defeitos, Hércules consegue divertir, mesmo sem ser grandioso. As boas cenas de ação e o carisma de Dwayne Johnson conseguem compensar um pouco as falhas do roteiro. Apesar disso, é difícil não ficar decepcionado, já que filme era anunciado como uma das grandes produções de 2014, mas não consegue ficar marcado como a versão definitiva da história do mito grego.

O semi-deus Hércules (Dwayne Johnson), filho de Zeus, realizou seus 12 trabalhos, mas ainda sofre a perda de sua esposa (Irina Shayk) e filhos. Assim, vira um mercenário se juntando a um grupo de guerreiros que aceita todo tipo de serviço, desde que seja bem remunerado. A fama de Hércules fica cada vez maior e o herói chega a ser chamado de lenda. Em certa época, o líder da Trácia (John Hurt) o contrata para treinar seus exércitos com a missão de unificar o reino, enfrentado um grupo de rebeldes.
Baseado na HQ The Tracian Wars, de Steve Moore, o roteiro consegue se tornar interessante ao tratar como mistério a "divindade" de Hércules. Certos pontos das histórias dos 12 trabalhos aparentam existir apenas na mente do semi-deus, que vive sofrendo alucinações, enquanto outras partes parecem reais. Esse suspense sobre o herói ser ou não filho de Zeus é interessante e se mantém até o clímax do filme. Inclusive, há um integrante do grupo de mercenários de Hércules responsável apenas por espalhar sua lenda, fazendo os inimigos o temerem, um conceito criativo e muito bem utilizado.
O primeiro grande mérito do filme esta na escolha do protagonista. Dwayne Johnson é um dos atores mais carismáticos da atualidade e possui um aspecto físico ideal para o personagem. Muito elogiado pelo diretor Brett Ratner devido a sua grande dedicação ao projeto, o astro leva jeito tanto para ação, quanto para momentos mais tranquilos. Certamente, uma escolha errada para o papel afundaria a produção, o que o antigo "The Rock" garante que não aconteça.
Embora o entrosamento entre o grupo de guerreiros que acompanha Hércules seja interessante, todos são muito esteriotipados e pouco desenvolvidos. Formam a equipe, a arqueira Atalanta (Ingrid Bolso Berdal), o bárbaro Tideus (Aksel Jennie), o lutador Autolicos (Rufus Sewell), o bardo Iolaus (Reece Ritchie) e o vidente Anfiarus (Ian McShane). Nenhum dos atores comprometem, mas também não adicionam nada maior aos personagens.
Embora consiga divertir e entreter, o filme tem vários problemas de roteiro, principalmente os péssimos diálogos, que parecem derivados de conversas contemporâneas. O longa ainda reserva uma espécie de mensagem no estilo "acredite em si mesmo" desnecessária e que beira o ridículo. Além disso, a história é clichê e extremamente previsível, sendo que ainda adiciona algumas piadas que não se encaixam no contexo apresentado.
Outro grande problema de Hércules é a parte técnica. Apesar da grandiosidade dos estúdios construídos para as filmagens e a tentativa de ousar, certos locais parecem pequenos demais, sensação que fica ainda maior devido a fracos efeitos especiais.

Por: Vitor Pontes
Nenhum comentário:
Postar um comentário