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sábado, 20 de dezembro de 2014

Operação Big Hero - Crítica

Nota: 9

Título: Operação Big Hero (Big Hero 6)
Gênero: Animação, Aventura
Nacionalidade: EUA
Ano de produção: 2014
Estreia no Brasil: 25 de dezembro de 2014
Duração: 108 minutos
Classificação indicativa: Livre
Direção: Don Hall
Roteiro: Jordan Roberts
Elenco: Ryan Potter, Scott Adsit, Jamie Chung, T.J. Miller, Damon Wayans Jr., Genesis Rodriguez, James Cromwell, Alan Tudyk, Daniel Henney, Maya Rudolph


     Pela primeira vez desde que a Disney comprou a Marvel, temos a possibilidade de ver uma produção da empresa de Mickey e Cia baseada em quadrinhos da "Casa das Ideias". A adaptação escolhida pode ser considerada bem arriscada, pois os protagonistas não são muito conhecidos, mas, após o inesperado sucesso de Guardiões da Galáxia no meio do ano, é quase impossível duvidar do potencial de qualquer obra cinematográfica que envolva a Marvel atualmente. O fato é que os personagens de Operação Big Hero logo vão deixar o anonimato para se tornarem estrelas, já que a animação é ótima, oferencendo diversão tanto para as crianças quanto para os adultos.

     A história dos quadrinhos, originalmente situada no Japão, recebeu vários elementos americanos para tornar o conteúdo mais aceito para o mundo todo. Por isso, a ação se passa na cidade de San Frantokyo, que mistura elementos de São Francisco, como a ponte Golden Gate e as várias ladeiras, e de Tokyo, como as roupas coloridas, os cumprimentos e o grande investimento em robótica. Hiro Hamada é um garoto prodígio, mas não possui outro interesse além das ilegais brigas de robôs, onde sonha fazer muito dinheiro. Para tentar desenvolver o potencial de Hiro, seu irmão mais velho Tadashi, o leva a sua universidade, onde estuda robótica, e, inclusive, mostra a sua grande criação: o robô Baymax, desenvolvido para monitorar a saúde das pessoas. Uma série de acontecimentos (sem revelações para não prejudicar a experiência) faz com que Hiro entenda onde pode chegar o leva a criar um grupo de super-herois.

     O roteiro segue o padrão da Disney ao valorizar as relações familiares e as verdadeiras amizades, fazendo isso com a qualidade de sempre. A história principal demora para fluir, já que o grande número de personagens vai sendo apresentado aos poucos, explicando a personalidade e as motivações de cada um, o que não chega a ser ruim, já que todos possuem seu carisma e são interessantes.

     Como uma animação de super-herois, o filme entrega várias cenas de ação, bem feitas e divertidas, pois ressaltam o quanto os personagens são inexperientes. Eles mesmo demonstram dúvidas quanto as próprias capacidades, pois são nerds, então não foram feitos para essas situações. Aos poucos, podemos acompanhar o desenvolvimento de cada protagonista nos combates. Apesar da ação, existem vários momentos cômicos, que fazem rir facilmente, com destaque para a sequência onde o robô Baymax fica com a bateria fraca.

     Cada personagem possui sua personalidade única e inconfundível, como o inteligente Hiro, a séria GoGo, a carismática Honey, o inseguro Wasabe e o piadista, protagonista de vários momentos engraçados, Fred. Apesar de cada um ter sua força, o grande destaque, sem dúvidas, é o robô Baymax. O personagem fofo (tanto fisicamente quanto por sua personalidade) é cativante e sua jornada para compreender melhor os sentimentos humanos é emocionante. O desenvolvimento de sua amizade com Hiro é ótima e faz aumentar ainda mais o carisma do personagem.

     Operação Big Hero, certamente, vai ser mais um grande sucesso da Disney, e não será surpresa ver bonecos dos protagonistas vendendo muito nos próximos meses e ir em festas infantis com temática da animação. Um filme que diverte muito as crianças, mas também agrada os mais velhos, principalmente os fãs de quadrinhos e histórias de super-herois, que com certeza irão gostar da história. (Assim como os filmes da Marvel, há uma cena pós-créditos, que é uma das melhores da empresa até agora. Vale a pena esperar pra ver.).

Por: Vitor Pontes

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