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sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

O Hobbit: A Desolação de Smaug - Crítica

Nota: 9

Título: O Hobbit: A Desolação de Smaug (The Hobbit: The Desolation Of Smaug)
Gênero: Aventura, Fantasia
Nacionalidade: EUA, Nova Zelândia
Ano de produção: 2013
Estreia no Brasil: 13 de dezembro de 2013
Duração: 161 minutos
Classificação indicativa: 12 anos
Direção: Peter Jackson
Roteiro: Peter Jackson, Guillermo Del Toro, Philippa Boyens (Obra original de J.R.R. Tolkien)
Elenco: Martin Freeman, Ian McKellen, Richard Armitage, Benedict Cumberbatch, Orlando Bloom, Evangeline Lilly, Lee Pace, Luke Evans, Cate Blanchett, Manu Benett, Aidan Turner, Ken Stott, Graham McTavish, Willian Kircher, James Nesbitt, Stephen Hunter, Dean O'Gorman


     Um ano após o lançamento de Uma Jornada Inesperada, a segunda parte da história baseada no livro O Hobbit, de J.R.R. Tolkien, chegou aos cinemas, se diferenciando bastante da primeira por possuir um tom mais sombrio e adulto, se afastando do humor e aventura, embora ainda existam alguns momentos com essas características. O filme continua com os problemas já vistos devido a duração acima do necessário em razão do pouco conteúdo para a adaptação, porém isso não chega a atrapalhar a experiência, principalmente pela introdução de um personagem muito marcante: o dragão do título, Smaug.

     Começando exatamente onde Uma Jornada Inesperada acabou, o roteiro segue acompanhando o caminho de Bilbo (Martin Freeman), Gandalf (Ian McKellen) e a companhia de anões liderada por Thorin (Richard Armitage) rumo a Montanha Solitária para conseguirem a Pedra Arken e, assim, retomarem o reino de Erebor das garras do terrível dragão Smaug (Benedict Cumberbatch). Durante a missão, os magos da Terra Média começam a sentir o surgimento de alguma força sombria no universo, o que leva Gandalf a tentar descobrir a razão para o fato.

     A necessidade de enrolação é percebida logo no início o filme ao mostrar um encontro entre Thorin e Gandalf onde a decisão de voltar para Erebor é tomada, algo desnecessário, já que todos já sabem as motivações do personagem. Além disso, há uma tentativa de criação de um triângulo amoroso entre dois elfos e um anão, muito mal feito. Mas, mesmo com esses problemas, A Desolação de Smaug é um ótimo filme e introduz uma ação muito boa, principalmente na cena da descida do rio, que envolve uma batalha entre orcs, anões e elfos, e enche os olhos, sendo, provavelmente, um dos momentos mais marcantes de toda a trilogia O Hobbit.

     Apesar da qualidade das outras cenas, nada é tão incrível quanto o encontro de Bilbo com Smaug. Feito com uma qualidade técnica impressionante, a combinação entre a personalidade do dragão e a excelente dublagem de Benedict Cumberbatch é de arrepiar. O diálogo entre o hobbit e a criatura consegue deixar o espectador muito tenso. Um fato curioso que pode ter ajudado ainda mais no desenvolvimento da cena é que Martin Freeman e Benedict Cumberbatch já estão acostumados a trabalharem juntos na série Sherlock.

  Novamente, a grande qualidade do filme esta em sua parte técnica. Os efeitos já eram impressionante e ficam ainda melhores, com personagens ainda mais realistas e cenas de ação extremamente bem desenvolvidas e divertidas.

     Os principais atores de Uma Jornada Inesperada fazem mais um ótimo trabalho, principalmente Martin Freeman, Ian McKellen e Richard Armitage. Há a volta de um dos personagens mais marcantes de Senhor dos Anéis, Legolas (Orlando Bloom), que protagoniza algumas das melhores cenas da história e introduz os elfos ao universo dos filmes novamente.

   Apesar do primeiro filme não possuir uma história finalizada, ao menos os principais acontecimentos apresentados eram resolvidos, já em A Desolação de Smaug, o fim é cortado. Tudo esta caminhando para uma cena incrível e, simplesmente, param a história. Claro que isso cria muita ansiedade para a sequência, mas pode incomodar alguns espectadores. Mesmo com seus problemas, A Desolação de Smaug é superior a Uma Jornada Inesperada e cria uma expectativa imensa para o próximo filme. Agora é esperar a batalha colossal que a última parte da história promete.

Por: Vitor Pontes

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