Nota: 8
Ano de produção: 2014
Estreia no Brasil: 28 de agosto de 2014
Duração: 86 minutos
Classificação indicativa: 16 anos
Direção: Luc Besson
Roteiro: Luc Besson
Elenco: Scarlett Johansson, Morgan Freeman, Min-sik Choi, Analeigh Tipton, Amr Waked
Tenho que admitir, fui aos cinemas achando que iria sair rindo de Lucy e, de certa forma, irritado em gastar dinheiro para ver algo tão ruim. Porém, queimei minha língua. Já fica um aviso: se você é o tipo de pessoa que não consegue ver um filme sem refletir sobre sua história e acha que tudo tem que ter uma explicação convincente, fique longe de Lucy, porque definitivamente não irá te agradar. Se não for assim, vá em frente pois a produção é divertida.

A história tem como base o clássico mito de que o ser humano só pode usar 10% de sua capacidade cerebral e que se fosse possível utilizar mais que isso, o homem ganharia habilidades sobre-humanas, mas, seria impossível concluir o que aconteceria caso fosse utilizada 100% da capacidade. Tudo isso é explicado através da palestra de um professor (Morgan Freeman) em uma universidade. Enquanto isso, a jovem Lucy (Scarlett Johansson) é sequestrada por um grupo de traficantes, sendo obrigada a transportar uma droga experimental em seu estômago. Porém, seu corpo acaba absorvendo o material e concedendo-lhe poderes como telecinesia, imunidade a dor, fator de cura, entre outros, graças ao aumento constante do uso de sua capacidade cerebral. O que acontecerá quando esse uso chegar a 100%? Eis a questão.
O filme foi muito criticado por usar um mito como trama. Obviamente, todo o discurso científico da produção é falso e feito apenas para tentar adicionar uma sensação de veracidade a história, sendo esses trechos tão confusos que te fazem realmente querer declarar que acredita em tudo aquilo apenas para não ouvir a explicação. O roteiro te dá a impressão de estar vendo um filme B, porém, como já foi avisado, não é um objeto para reflexões, sendo ele divertido pelas suas cenas de ação, muito bem feitas e até inovadoras, considerando o fato que a personagem usa apenas o poder da mente para derrotar os inimigos.
O que garantiu que a produção ganhasse destaque antes mesmo de sua estreia e fizesse uma ótima bilheteria foi Scarlett Johansson como protagonista, fazendo mais uma ótima atuação. Lucy não é uma heroína e nem uma vilã, tendo apenas como objetivo descobrir mais sobre o que houve com seu corpo. Porém, a droga acabou a tornando completamente insensível, fazendo com que ela não pense duas vezes em utilizar violência para passar por quem estiver em sua frente. O outro destaque do elenco é Morgan Freeman, já que a "explicação científica" só é aceitável porque ele a faz, pois se fosse um ator desconhecido, soaria ainda mais ridícula.
Lucy tem um roteiro bem superficial e bobo, mas a ação competente e atuação de Johansson compensam, tornando a obra em algo divertido e que vale a pena ser visto. Apenas abandone a lógica e tenha um bom filme.
Por: Vitor Pontes
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