Nota: 8

Gênero: Ficção Científica, Suspense, Ação
Nacionalidade: EUA
Ano de produção: 2008
Estreia no Brasil: 8 de fevereiro de 2008
Duração: 85 minutos
Classificação indicativa: 14 anos
Direção: Matt Reeves
Roteiro: Drew Goddard
Elenco: Michael Stahl-David, T.J. Miller, Jessica Lucas, Odette Yustman, Lizzy Caplan, Mike Vogel
O motivo de Cloverfield ter sido um filme tão esperado era, sem dúvidas, a produção de J.J. Abrams. Criador das séries Lost e Alias, ele organizou uma campanha de marketing tão impressionante que fez o filme chegar aos cinemas sendo chamado de filme do ano. Não, ele não chegou a isso, mas não deixa de ser excelente e te faz querer mais, considerando que a produção é bem curta.
Por: Vitor Pontes

O filme foi feito no estilo found footage durante todo o tempo. Popularizado pelo clássico A Bruxa de Blair, trata-se do formato em que a produção se passa por um documentário feito com uma simples filmadora. A utilização desse meio foi inovadora, já que, geralmente, ele só era utilizado em filmes de terror.
Apesar do monstro gigante da história, o real foco esta em um grupo de pessoas que buscam sobreviver em meio ao ataque que esta ocorrendo. Rob (Michael Sthal-David) vai se mudar para o Japão, então seus amigos decidem fazer uma festa de despedida para ele. O melhor amigo de Rob, Hud (T.J. Miller) fica encarregado de filmar mensagens de apoio de todos e registrar os momentos. Porém, durante a festa, começam a acontecer explosões pela cidade, tudo começa a virar um caos e parece haver alguma coisa trazendo destruição por onde passa.
Um dos grandes diferenciais de Cloverfield para outros filmes sobre monstros gigantes esta na falta de uma justificativa para o que esta acontecendo. Não há explicações para nenhum dos eventos, a busca pela sobrevivência é o que importa. O fato de não haver informações sobres os fatos é um grande acerto, pois isso mantém o clima de tensão e ajuda o espectador a se concentrar mais nos personagens. Afinal, a proposta do filme é exatamente essa, mostrar o medo do desconhecido. Além disso, a obra possui um pouco romance, mostrado através de filmagens já existentes na câmera antes do dia do incidente, além de alguns raros momentos de humor.
O estilo de filmagem permite criar um visual excelente. Em meio a destruição, o que mais pode ser visto é sujeira, pessoas desesperadas e todos os elementos necessários para manter o clima da história. Com isso, o monstro se mantém um mistério durante boa parte do filme. Algumas vezes aparece um rabo, em outras uma silhueta, apenas uma explosão, militares correndo atrás de algo... Esse jeito de revelar a criatura é uma clara homenagem ao estilo de Spielberg em Tubarão.
A proposta exigia atores desconhecidos, afinal, não passaria veracidade alguma se houvesse alguém como Brad Pitt ali. Apesar da falta de nomes conhecidos, eles vão muito bem, convencendo no que mais precisam passar: sensação de desespero. Palmas para Matt Reeves e J.J. Abrams por conseguirem a proeza de selecionar um elenco totalmente novo e faze-lo render bem.
Cloverfield prova o quanto um filme pode ser bom sendo simples. Apesar de parecer grandioso, não há explicações ou detalhes, tudo esta ali para manter a tensão e a diversão, que é garantida para quem for assitir.
Por: Vitor Pontes
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