Nota: 8
Ano de produção: 2013
Estreia no Brasil: 09 de agosto de 2013
Duração: 132 minutos
Classificação indicativa: 12 anos
Direção: Guillermo del Toro
Roteiro: Guillermo del Toro, Travis Beacham
Elenco: Charlie Hunnam, Idris Elba, Rinko Kikuchi, Charlie Day, Ron Perlman, Max Martini, Rob Kazinsky, Clifton Collins Jr.
Guillermo del Toro é nerd e não tem vergonha alguma de dizer isso. Especialista em efeitos especiais, ele é um mestre em criar universos fantásticos com histórias divertidas e incríveis. Círculo de Fogo é mais um desses casos. Com inúmeras referências a desenhos orientais, filmes de monstros gigantes e de situações apocalípticas, é um dos filmes mais divertidos dos últimos anos, mesmo com uma história tão simples.
Com sequências de ação de tirar o folêgo, Círculo de Fogo oferece muita diversão, provavelmente ainda maior para os mais jovens ou para quem cresceu vendo desenhos orientais. Além disso, o longa dá um tapa na cara e um soco no estômago em qualquer um dos filmes de Transformers. Não tem mais a clássica frase "Mas é uma longa sobre robôs gigantes". Guillermo Del Toro provou que é possível fazer um ótimo filme com essa temática, entendeu Michael Bay? Agora é esperar a continuação anunciada para 2017.
Por:Vitor Pontes

A trama se passa em um futuro próximo, quando aparece uma fenda no fundo do Oceano Pacífico, que se revela um portal entre dimensões. De lá, começam a sair os Kaijus, extraterrestres gigantes que vem para destruir o planeta. Para se defender, o mundo se une para construir os Jaegers, robôs imensos para combater os alienígenas. Com o tempo, os humanos parecem estar ficando cada vez mais perto da derrota e a salvação pode estar nas mãos de um antigo piloto (Charlie Hunnam) e de uma aspirante (Rinko Kikuchi).
Basicamente, é um filme de robôs contra alienígenas. Na teoria, iria ser um grande blockbuster raso e comercial, mas na prática, é incrivelmente divertido. Por mais básica que seja a premissa, a produção consegue oferecer um bom desenvolvimento de personagens, tanto principais quanto secundários, e isso tudo em meio a pancadaria. Claro que não é algo muito complexo, mas satisfaz e cumpre a missão de relacionar quem assiste a trama. E aliás, quem vai se importar com o quão profundo é o desenvolvimento deles quando se tem robôs de 50 metros lutando contra aliens que parecem dinossauros na tela?
O visual é impressionante. Muito detalhados, os cenários são gigantescos e realistas mas, ao mesmo tempo, parecem que saíram de um desenho. Os Kaijus são monstros incríveis, com variedades de tamanho, categoria, entre outros. Mas o ponto alto do visual esta nos Jaegers, uma mistura de tudo que já se viu em animações (eles tem um soco foguete!). Na história, cada país tem seu próprio robô, então, eles tem características próprias que lembram o local. São todos lindos e empolgantes.
É claro que o elenco não é o destaque do filme por motivos óbvios, mas os atores não vão mal. Charlie Hunnam não é incrível, mas cumpre bem o papel de "protagonista" (na prática, as batalhas são protagonistas), e Rinko Kikuchi apresenta uma personagem forte e que demonstra superação, mostrando que mulheres também tem espaço no combate. O alívio cômico é oferecido por Charlie Day (revelação da comédia Quero Matar Meu Chefe, embora ainda não seja muito conhecido), que interpreta um dos cientistas do projeto Jaeger, além de Ron Perlman, que mais uma vez volta a trabalhar com del Toro.

Por:Vitor Pontes
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