Nota: 6

Gênero: Policial, Ação
Nacionalidade: EUA
Ano de produção: 2014
Estreia no Brasil: 25 de setembro de 2014
Duração: 102 minutos
Classificação indicativa: 16 anos
Direção: Frank Miller, Robert Rodriguez
Roteiro: Frank Miller, Robert Rodriguez
Elenco: Josh Brolin, Eva Green, Jessica Alba, Bruce Willis, Mickey Rourke, Joseph Gordon-Levitt, Rosario Dawson, Jamie Chung, Lady Gaga, Ray Liotta, Christopher Lloyd, Power Booth, Dennis Haysbert
Há nove anos, estreava nos cinemas Sin City - A Cidade do Pecado. Baseada nas HQ's criadas por Frank Miller, que foi chamado para dirigir e roteirizar o filme, a produção de Robert Rodriguez ganhou destaque devido a seu visual inovador, que apresentava a obra toda em preto e branco, aproximando-se da estética de quadrinhos, com alguns detalhes coloridos, estes utilizados para criar impacto em determinados momentos da história. A parte técnica em conjunto com um elenco estelar, formado por nomes como Bruce Willis, Mickey Rourke e Clive Owen, chamou a atenção do público, fazendo o filme arrecadar uma boa bilheteria. Desde então, longos nove anos se passaram e rumores circulavam sobre a realização de uma sequência. Em meio aos boatos, foi confirmada a continuação, que estreou em setembro desse ano. A grande demora entre as produções criou grandes expectativas em relação ao nível do novo filme. Infelizmente, nada impressiona. O resultado é, praticamente, uma obra identica a original.
Apesar de ser mais do mesmo, Sin City - A Dama Fatal certamente irá agradar quem gostou da primeira produção, porém é bom que não se espere nada a mais, pois isso certamente causará decepção. Não é um filme ruim, mas não possui nem metade do que tornou o primeiro filme uma obra marcante para o cinema.

Novamente, o roteiro se divide em três histórias que possuem ligações e não tem ordem cronológica. Em uma delas, Johnny (Joseph Gordon-Levitt) é um jogador de cartas que parece imbatível. Ao enfrentar o poderoso e corrupto senador Roarke (Power Booth), ele se envolve em problemas e passa a correr grande risco de vida. Em outra história, a stripper Nancy (Jessica Alba) ainda sofre pela morte de Hartigan (Bruce Willis) e decide buscar vingança contra os responsáveis por seu assassinato. Na última, que dá título ao filme, Dwight (Josh Brolin, papel que no outro filme ficou com Clive Owen) se vê enganado pelos poderes sedutores da misteriosa Ava (Eva Green), a Dama Fatal, então precisa tentar recuperar tudo o que perdeu para a mulher.
Entre as três, apenas a história do título já existia, tendo as outras sido criadas especialmente para o filme. Por não possuírem ordem cronológica alguma, personagens mortos vão e vem, deixando o espectador perdido em certos momentos. Aliás, essa falta de sequência torna dispensável ter assistido o primeiro filme para entender qualquer um dos acontecimentos.
O roteiro sempre utiliza a ideia da busca por vingança e do uso da violência como solução para tudo como base para trama. É exatamente o mesmo estilo do anterior, ou seja, quem gostou daquele provavelmente irá apreciar as histórias desse também. Porém, algo que já era visto no outro filme e causou incômodo em alguns foi ainda maior agora: o uso das mulheres como meros objetos sexuais. Todas as personagens utilizam toda a sua sedução para conseguir o que desejam, sem medir esforços para isso. A visão que o filme possui das protagonistas femininas é bem ultrapassada, o que pode levar ele a ser taxado de machista por razões muito justificáveis.
O visual, como dito, é o mesmo já visto anteriormente, tendo como única novidade a adição do 3D, que, apesar de bom, não causa impacto ou representa uma mudança realmente significativa para a parte técnica do filme.
O elenco recheado de astros volta a cena. Caras conhecidas como Bruce Willis, Mickey Rourke e Jessica Alba aparecem novamente, junto a outras estrelas adicionadas, tendo entre elas Josh Brolin, Joseph Gordon-Levitt e Eva Green, além de participações de Ray Liotta, Christopher Lloyd e Lady Gaga. A única mudança ocorrida que não teve relação com a história foi a entrada de Dennis Haysbert, que substitui o falecido Michael Clarke Duncan.

Por: Vitor Pontes