Nota: 8
Ano de produção: 2014
Estreia no Brasil: 04 de setembro de 2014
Duração: 109 minutos
Classificação indicativa: 16 anos
Direção: Phil Lord, Christopher Miller
Roteiro: Jonah Hill, Michael Bacall
Elenco: Jonah Hill. Channing Tatum, Ice Cube, Peter Stormare, Amber Stevens, Wyatt Russel, Nick Offerman, Rob Riggle, Dave Franco
Por mais que fosse baseado em uma série de sucesso, o primeiro Anjos da Lei não era um filme muito aguardado e as bilheterias, provavelmente, renderiam um lucro razoável, porém a produção surpreendeu a todos, trazendo humor ácido e um tom de autoparódia que garantiu sucesso de público e crítica. A química entre Jonah Hill e Channing Tatum conquistou a todos e garantiu uma sequência. Mantendo o estilo já visto no primeiro longa, Anjos da Lei 2 consegue preservar a qualidade do original, mas leva o bromance entre os protagonistas a um nível extremo, rendendo muitas situações cômicas.
Após os acontecimentos do primeiro filme, a unidade 21 Jump Street acabou sendo fechada e os policiais Schmidt (Jonah Hill) e Jenko (Channing Tatum) foram para outras operações. Porém, o projeto retornou após a equipe liderada pelo capitão Dickson (Ice Cube) conseguir estabeler uma nova base, agora no endereço 22 Jump Street. Dessa vez, Schmidt e Jenko irão se infiltrar em uma faculdade para impedir que uma nova droga chamada WhyPhy continue se espalhando e chegue a outras universidades. A investigação passa por diversos problemas, testando os limites do relacionamento entre a dupla de policiais.
A ironia e as auto-referências vistas no primeiro longa já se mostram presentes desde o iníco. Abrindo com um "Anteriormente em Anjos da Lei", piada com o fato da obra ter origens em uma série de TV, o filme já introduz novamente a dupla protagonista em uma investigação. Logo depois, o policial Hardy, interpretado por Nick Offerman, fala sobre o retorno do projeto de espionagem através de claras referências a própria continuação. Citando o investimento maior feito em sequências, as intenções apenas comerciais e qualidade, em geral, menos satisfatória do que da produção original, a cena já demonstra o tom que novamente permeia o filme. Além disso, ainda há a ironia da mudança do endereço 21 Jump Street para o 22 Jump Street, deixando uma possibilidade para o 23 Jump Street, caso uma sequência aconteça ("mas não vamos nos apressar", como diz o Jenko durante a cena).
Através das ironias, Anjos da Lei 2 não esconde o fato de que é quase uma cópia do original, com situações semelhantes, mas piadas diferentes. As referências a cultura pop e o humor inconsequente continuam lá e funcionam muito bem dentro da trama, embora o conteúdo sexual não faça rir com tanta facilidade. A maior diferença do filme em comparação ao primeiro é a forma como a relação entre Schmidt e Jenko é retratada. O bromance beira uma relação homoafetiva, sem soar preconceituosa, e rende cenas hilárias através das discussões entre a dupla que envolvem ciúmes e a possibilidade de uma "investigação aberta".
A repetição da fórmula do original possuía grandes chances de acabar com o filme, mas funciona e marca Anjos da Lei 2 como uma ótima continuação e uma das melhores comédias do ano. Utilizando novamente um humor sem escrúpulos, a produção ainda reserva um dos melhores créditos da história, que inclui ótimas participações especiais. Um bom filme, agradando em cheio todo o público que fez o sucesso do primeiro.
Por: Vitor Pontes

Após os acontecimentos do primeiro filme, a unidade 21 Jump Street acabou sendo fechada e os policiais Schmidt (Jonah Hill) e Jenko (Channing Tatum) foram para outras operações. Porém, o projeto retornou após a equipe liderada pelo capitão Dickson (Ice Cube) conseguir estabeler uma nova base, agora no endereço 22 Jump Street. Dessa vez, Schmidt e Jenko irão se infiltrar em uma faculdade para impedir que uma nova droga chamada WhyPhy continue se espalhando e chegue a outras universidades. A investigação passa por diversos problemas, testando os limites do relacionamento entre a dupla de policiais.
A ironia e as auto-referências vistas no primeiro longa já se mostram presentes desde o iníco. Abrindo com um "Anteriormente em Anjos da Lei", piada com o fato da obra ter origens em uma série de TV, o filme já introduz novamente a dupla protagonista em uma investigação. Logo depois, o policial Hardy, interpretado por Nick Offerman, fala sobre o retorno do projeto de espionagem através de claras referências a própria continuação. Citando o investimento maior feito em sequências, as intenções apenas comerciais e qualidade, em geral, menos satisfatória do que da produção original, a cena já demonstra o tom que novamente permeia o filme. Além disso, ainda há a ironia da mudança do endereço 21 Jump Street para o 22 Jump Street, deixando uma possibilidade para o 23 Jump Street, caso uma sequência aconteça ("mas não vamos nos apressar", como diz o Jenko durante a cena).
Através das ironias, Anjos da Lei 2 não esconde o fato de que é quase uma cópia do original, com situações semelhantes, mas piadas diferentes. As referências a cultura pop e o humor inconsequente continuam lá e funcionam muito bem dentro da trama, embora o conteúdo sexual não faça rir com tanta facilidade. A maior diferença do filme em comparação ao primeiro é a forma como a relação entre Schmidt e Jenko é retratada. O bromance beira uma relação homoafetiva, sem soar preconceituosa, e rende cenas hilárias através das discussões entre a dupla que envolvem ciúmes e a possibilidade de uma "investigação aberta".
Os diretores Phil Lord e Christopher Miller, cujo último filme foi a elogiadíssima animação Uma Aventura Lego, conseguem adicionar qualidade tanto nas cenas de humor quanto nas cenas de ação, embora estas últimas não cheguem a marcar como originais ou impressionantes.
Mesmo com o bom roteiro, Anjos da Lei só funciona novamente graças aos excelentes Jonah Hill e Channing Tatum, que conseguem aumentar o nível de envolvimento entre Schmidt e Jenko, formando uma dupla que fica marcada como a mais famosa do momento no mundo dos cinemas. Há também a volta do ótimo Ice Cube, rendendo algumas das cenas mais engraçadas. Infelizmente, o único problema dos personagens esta no desenvolvimento ruim dos coadjuvantes, mal aproveitados, inclusive os vilões, que não conseguem render cenas engraçadas ou bons momentos de ação.

Por: Vitor Pontes