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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

O Discurso do Rei - Crítica

Nota: 8

Título: O Discurso do Rei (The King's Speech)
Gênero: Drama
Nacionalidade: Reino Unido
Ano de produção: 2010
Estreia no Brasil: 11 de fevereiro de 2011
Duração: 118 minutos
Classificação indicativa: 12 anos
Direção: Tom Hooper
Roteiro: David Seidler
Elenco: Colin Firth, Geoffrey Rush, Helena Boham Carter, Derek Jacobi, Guy Pearce, Michael Gambon, Timothy Spall, Jennifer Ehle


     Oscar. Apesar de ter o costume de ir bem, a premiação mais importante e badalada da indústria cinematográfica sempre acaba cometendo um exagero e/ou uma injustiça. Indicado a 12 Oscars em 2011, sendo o filme com o maior número de indicações naquele ano, O Discurso do Rei levou 4 estatuetas, incluindo o prêmio mais importante, Melhor Filme, além de Melhor Diretor, Melhor Roteiro Original e Melhor Ator, para Colin Firth. Porém, o filme realmente merece tudo isso? Merece ser considerado uma obra-prima da sétima arte?

     A história, baseada em fatos, trata da vida do rei inglês George VI, que teve que assumir o trono devido ao falecimento de seu pai, o rei George V, e a abdicação ao cargo de seu irmão mais velho, rei Eduardo VIII. Com a Inglaterra passando por um momento tão conturbado diante da iminente guerra contra a Alemanha nazista, George VI necessita mostrar confiança e personalidade em sua posição, o que é impossível para ele devido a insegurança causada pelo problema de gagueira que possui, tendo esse raízes psicológicas e sociais explicadas no filme. Então, com isto, aparece Lionel, interpretado por Geoffrey Rush, um terapeuta que irá buscar ajudar o rei através de exercícios vocais, chegando a ser um psicólogo para ele.

     O grande destaque do filme é, sem dúvidas, o elenco. Colin Firth mostra que mereceu seu Oscar pelo filme, construíndo um ótimo rei George ao mostrar de forma impressionante as situações de desespero do personagem e fazendo um ótimo trabalho vocal, transmitindo convincentemente sua gagueira. Geoffrey Rush faz um ótimo trabalho como Lionel, sempre mantendo o personagem interessante. Helena Boham Carter vai muito bem, mas não tem tanto tempo em tela.

     Em questões de ambientação, o filme consegue convencer muito bem em relação ao período em que sua história ocorre, ainda mais se considerado o baixo orçamento da produção e o alto custo necessário para um filme de época. O uso da câmera perto do protagonista auxiliou ao tornar os cenários melhores, além de ser perfeito para retratar visualmente a insegurança de George.

     Apenas elogios até aqui, então por que o filme não seria merecedor do Oscar? Bem, porque é um filme bom e apenas isso, a história é bem contada, a parte técnica é bem feita, mas não é uma produção que chega a emocionar ou surpreender. Para um filme com tamanha aclamação entre os membros da academia, é esperado mais, principalmente considerando os fortes concorrentes ao prêmio naquele ano. Muito bem feito e bom de ser visto, mas não uma obra-prima do cinema

Por: Vitor Pontes

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