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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Pequena Miss Sunshine - Crítica

Nota: 9

Título: Pequena Miss Sunshine (Little Miss Sunshine)
Gênero: Comédia, Drama
Nacionalidade: EUA
Ano de produção: 2006
Estreia no Brasil: 20 de outubro de 2006
Duração: 101 minutos
Classificação indicativa: 14 anos
Direção: Jonathan Dayton, Valerie Faris
Roteiro: Michael Arndt
Elenco: Abigail Breslin, Greg Kinnear, Steve Carell, Alan Arkin, Paul Dano, Toni Collete


     
      Pequena Miss Sunshine foi uma das maiores surpresas do cinema em 2006. É um filme independente, dirigido pelo casal Jonathan Dayton e Valerie Faris e escrito por Michal Arndt, todos inexperientes na sétima arte. A produção levou muito tempo para ser feita devido a falta de orçamento para sua realização, mas eles insistiram e conseguirar levar a ideia para a frente, o que, curiosamente, combina com os temas principais do filme: superação, vencedores e perdedores.


     Exibido pela primeira vez no Festival de Sundance e depois distribuído pela 20th Century Fox, a obra conta a história da família Hoover, formada por Richard (Greg Kinnear), o pai que tenta publicar seu programa de auto-ajuda e é obcecado pelo sucesso, a mãe Sheryl (Toni Collete), que tenta manter o equilíbrio dentro da família, os filhos Olive (Abigail Breslin), uma garotinha apaixonada por moda e dança que sonha virar miss, e Dwayne (Paul Dano), um adolescente revoltado e profundo admirador de Nietzsche. Há também Frank (Steve Carell), o tio homossexual e suicida que se diz o maior estudioso de Proust, além do avô Edwin (Alan Arkin), pai de Richard e usuário de cocaína.

      Tudo começa quando a caçula Olive recebe uma ligação convidando-a para participar do concurso Pequena Miss Sunshine, porém, a família mora no Novo México e o concurso é na Califórnia. Como estão quebrados financeiramente, não podem pagar por uma viagem de avião, então, em meio a vontade de alguns e brigas de outros, eles decidem ir de carro, mas o único jeito de todos conseguirem ir seria na Kombi amarela e velha de Richard. Assim, a família então vai para a estrada.

     Como já falado, o grande tema da obra é superação, o que fica claro ao se ver a sinopse e a descrição dos personagens. Todo tipo de adversidade acontece durante a viagem, fora os problemas pessoais que cada um já possui. É impressionante ver um filme tratar com tanta clareza temas pesados como homofobia, vício em drogas e depressão, e ainda conseguir fazer isso com humor, sem tirar a mensagem principal da história. Nesse ponto, maior destaque para Frank, o tio, que possui, talvez, as maiores dificuldades entre os membros da família.

     O grande motor do filme são mesmo os seus personagens, muito bem construído e carismáticos, combinados com um elenco genial. É uma tarefa árdua conseguir separar um destaque, todos estão em nível excelente. Alan Arkin ganhou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante no ano seguinte, principalmente devido a imensa importância de seu papel na história, além de que Abigail Breslin foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Pessoalmente, gostei muito do Steve Carell, inclusive acho que ele merecia uma indicação ao Oscar. Além do que já foi citado, o filme também ganhou o Oscar de Melhor Roteiro Original e foi indicado para o prêmio de Melhor Filme.

     Com um humor que chega até a beirar o nonsense, mas sem nunca ser apelativo, e diálogos muito bem feitos e envolventes, Pequena Miss Sunshine traz a perfeita combinação da comédia com o drama, passando uma mensagem inspiradora e emocionante para todo tipo de público.

Por: Vitor Pontes

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