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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

A Menina que Roubava Livros - Crítica

Nota: 6

Título: A Menina que Roubava Livros (The Book Thief)
Gênero: Drama
Nacionalidade: EUA, Alemanha
Ano de produção: 2013
Estreia no Brasil: 31 de janeiro de 2014
Duração: 131 minutos
Classificação indicativa: 10 anos
Direção: Brian Percival
Roteiro: Michael Petroni (Markus Zusak, autor da obra original)
Elenco: Geoffrey Rush, Emily Watson, Sophie Nélisse, Ben Schnetzer, Nico Liersch, Roger Allam


     Adaptação da obra homônima de Markus Zusak, A Menina que Roubava Livros conta a história de Liesel Meminger (Sophie Nélisse), uma garota alemã que vive o drama da Segunda Guerra Mundial. Filha de comunistas, ela é deixada com uma família adotiva, formada por Hans Hubbermann (Geoffrey Rush), e sua esposa (Emily Watson), onde começa a se apaixonar por livros e dividir sua paixão por eles com seu melhor amigo Rudy (Nico Liersch), e Max (Ben Schenetzer), um judeu que vive clandestinamente com sua nova família.

     O grande problema do filme é a forma como ele desenvolve seus personagens, sem complexidade, o que é um desperdício diante do potencial do elenco, principalmente dos experiente Rush e Watson, que poderiam ter adicionado muita carga dramática a história dos pais adotivos de Liesel. Os personagens acabam por ter apenas uma característica (o pai companheiro, a mãe que é a disciplina da casa...), não trazendo a real sensação de serem indispensáveis para a protagonista. A relação entre Liesel e o judeu Max também é mal desenvolvida, com ele aparecendo em pouco tempo de filme, além de que a atuação de Ben Schneitzer não colabora. As crianças vão muito bem em termos de atuação, demonstrando bem a inocência destas em contraste com o período em que vivia a Alemanha. A narração do filme é feita pela Morte, o que é interessante, porém mal aproveitado, já que esta é usada raramente.

     Todo esse problema de desenvolvimento acaba criando um drama muito artificial, que pode até emocionar, mas não com a força necessária para ser marcante. A ambientação também não colabora, não conseguindo criar um clima de tensão que seria essencial para situar o espectador no período de guerra, embora os figurinos consigam convencer.

     A Menina que Roubava Livros acaba sendo um filme com o mesmo problema de alguns baseados em livros, como o Caçador de Pipas: não conseguir manter a emoção da obra original. Um filme simples, sem profundidade, que pode até agradar, mas não emocionar de forma marcante.

Por: Vitor Pontes

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